domingo, 29 de agosto de 2010

Manhã de domingo

Ponte Marechal Floriano - Rio São Francisco - Pirapora fev. 2010

Acordo com aquele sentimento de paz de manhãs de domingo. Vou cuidar da palmeira areca de locuba, da bougainville cor de pêssego maduro... A varanda para o poente me faz lembrar Chico Buarque:

"Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado..."

Deito na rede ao ar livre, respiro o ar frio e puro da manhã. As queimadas já passaram por aqui este ano, o Ipê Amarelo de minha rua floresceu novamente. A natureza se renova outra vez... Até quando?

O livro a "Linguagem de Deus" sobre o decifrar do DNA humano, o cheiro de café evaporando doce da caneca, o suave balançar da rede... Scorpions ainda ressoa em minha mente:

"Life is too short..."

Muito curta para todos os meus sonhos. Sinto saudades de todas as manhãs em que existiam pontes, em que a vida era menos dolorida, em que  a palavra irmão não vinha manchada com a angústia da decepção, em que olhar para o coração era encontrar a pureza da alma infantil que perdi na estrada...

Desejaria nesta manhã de domingo que colar o vaso quebrado retirasse as suas cicatrizes. Como no autor anônimo no Orkut, acho que também aprendi.

"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;
... que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las..."

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