segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Agenda para a melhoria do ENEM

A parte os problemas logísticos, que podem ser resolvidos por mera melhoria de gestão, pelo menos três tópicos precisam ser inseridos na agenda de discussão sobre a melhoria do ENEM:

1) Institucionalização da metodologia de calibração das questões: definição de regras claras, consensuais e permanentes para a normalização dos resultados de performance dos alunos, para que elas não fiquem a mercê das alterações de ministro e governo. O padrão americano do National Assessment of Educational Progress hoje utilizado é modelo interessante mas, no Brasil, precisa ser regulamentado senão a cada ano teremos um padrão diferente.

2) Compatibilização com os Currículos Estaduais: Em Minas, os CBC's - Conteúdos Básicos Comuns - procuram estabelecer coerência com as diretrizes nacionais, mas nem sempre isto ocorre e nem sempre o ENEM é coerente com ambos. Na Alemanha isto é matéria de uma Conferência Nacional para criação de um Abitur Unificado (equivalente ao ENEM).

3) Desdobramento do ENEM por áreas de conhecimento, visando a estabelecer um conteúdo mais específico e uma defnição mais coerente do perfil do estudante para as grandes áreas: Ciências Humanas, Ciências Exatas e Ciências Biológicas. O desprezo com a abordagem das Ciências Exatas e da Matemática em nossas escolas é um crime contra a formação do estudante, que se reflete nos altos índices de reprovação em Cálculo e Física em TODAS as Universidades Brasileiras. O caminho de solução do problema passa por uma abordagem mais séria destes conteúdos na faixa etária de 13 - 18 anos.

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