sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Aylan Kurdi


As ondas calmas da praia de Bodrum, Turquia.
Um menino de três anos morto na areia.
Um soldado da Guarda Nacional turca toma o corpo inerte nos
braços e caminha horrorizado.

O menino tinha um nome: Aylan Kurdi.
Hoje, o maior símbolo de uma primavera Árabe
que se transforma no mais rigoroso inverno.

Para espanto dos ridículos intelectuais brasileiros, que teimam
em culpar o Estado Judeu por todas as misérias do Oriente Médio,
ele foi vítima de uma sangrenta Guerra Civil interna da Síria,
que já dura cinco anos.

A primavera Árabe foi sangrentamente sufocada em TODOS os países Árabes.
Na Síria, os protestos populares iniciados em janeiro de 2011, terminaram com
uma revolta armada infrutífera em março do mesmo ano.
O ditador  Bashar al-Assad se mantem no poder, mas controla menos
de 30% do território. Mais da metade do interior do País  está sobre
o domínio dos terroristas do Estado Islâmico.

A família Kurdi saiu de Kobane, Aleppo, no norte da Syria, na fronteira com a Turquia, onde os Curdos combatem o Estado Islâmico.
Solicitou asilo no Canadá e teve o pedido negado. Partiram por terra, na costa Síria tomaram um barco pequeno e superlotado. Segundo o pai, o barco virou próximo a Bodrum quando todos se levantaram ao mesmo tempo.
Queriam chegar a Kos, Grécia, para entrar no imenso corredor de imigração para a Europa. Poderiam ter chegado a Bodrum por terra, travessando a Turquia pela rota D300. 1.390 Km.

Hoje, o mundo de luto se pergunta, até quando?

Até guando, Alah!                                                                              متى، الله

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